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Como ajudar um novato no Linux

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Linux é bom, interessante, seguro e relativamente leve, mas mesmo assim a maioria das pessoas insistem em outros sistemas operacionais à despeito dos problemas que eles (os sistemas) oferecem…

Windows é mais fácil que Linux?

Depende muito do ponto de vista de quem faz e de quem responde a pergunta.

Para um usuário que só conhece "vida inteligente" no ambiente Windows a interface/design do Linux é um barreira e tanto, mas para quem só usa Linux também é uma barreira e tanto o design do Windows.

Hoje um cliente pediu-me para instalar o Windows XP no notebook dele porque achou o Windows Seven muito dificil!

É claro que eu sugeri o Linux pra ele, mas ele alegou que iria ter problemas ainda maiores, principalmente com relação aos programas que ele necessita… tudo bem, como qualquer técnico "normal" eu faria o serviço, mas convenci-o de que se fosse para ficar com o Windows, que mantivesse a versão OEM (que veio instalada), explicando à ele o porquê dessa sugestão, por uma questão de ética melhor se adaptar ao novo sistema, que é original, por um pirata!

Então como se pode perceber os usuários também têm problemas na adaptação à um sistema da mesma família, isso quer dizer que na verdade o Linux ainda não "pegou" porque a maioria dos usuários têm preguiça de aprender, quer o mais fácil e o quanto mais simples melhor…

Dias atrás instalei o Linux para um professor mas devido à uns problemas com um aplicativo criado para Windows optamos por voltar ao pirata, já que o tal aplicativo é essencial para sua função como professor, mas poucos dias depois o professor me disse que estava odiando usar o pirata, que iria abrir mão do tal aplicativo para usar o Linux, sugeri o dual boot, claro!

Existem diversos casos de sucesso de adaptação ao Linux por usuários que sempre usaram o Windows.

Mas além do fato da falta de empenho por parte dos novos usuários, novos adeptos do Linux, existem muitas coisas que fazem o Linux ter um crescimento "modesto", como:

- Muitos problemas requerem conhecimento avançado;

- A maioria dos problemas exigem o uso do terminal, o que exige certo conhecimento técnico;

- Os repositórios de terceiros sempre estão "bugados" e os oficiais nem sempre têm o que o usuário necessita;

- O Wine ainda é muito ruim para aplicativos que exigem bancos de dados;

Apesar da ampla divulgação, fóruns para todos os gostos, gente querendo ajudar e afins, tem muito usuário Linux que trata o WinUser com certa ironia e até desprezo, o que faz com que muitos prefiram voltar ao pirata e isso inclui àquelas dicas do tipo, vai via shell e digita isso… shell? Qual, o do posto de gasolina??!! Não, via comando? Comando??

Principalmente para usuários que ainda estão emigrando fica dificil entender certos termos, o ideal é adequar a linguagem/visão que o WinUser tem ao ambiente Linux, exemplo:

Pergunta de WinUser: "Como eu encerro um programa que travou no Linux?"

Resposta mais comum de um LinuxUser: digita via shell kill -a

O correto, seria:

"Como você faz no Windows?"

"Ah, eu pressiono CTRL+ALT+DEL"

"Clique em em Administração e depois em Monitor do Sistema, selecione o programa e no botão que aparece no lado inferior à direita, com a mensagem Parar processo e clica sobre ele"

"Ah, quase igual ao Windows mesmo!"

Como usuário Linux e Windows eu quero respeito, não sou idiota só porque eu uso outro sistema operacional, pense nisso na hora que algum novato pedir sua ajuda.

Devido à problema como esses relatados acima alguns usuários acabam "emigrando" ao invés de "imigrar", ou seja, sua experiência como usuário Linux é algo passageiro, já que ele acaba ou desistindo do Linux ou usando ambos os sistemas operacionais [vide Errata].

Seja gentil e educado sempre, você nunca vai saber quando pode precisar de ajuda.

 

Errata:

Eu fiz uma analogia com as palavras Emigrar e Imigrar: Os verbos emigrar e imigrar têm em comum o significado de migrar, mas diferem no ponto de vista, pois "emigrar" é "sair, temporária ou definitivamente, do seu país, terra natal ou região" e ir para outro local, enquanto que imigrar é o contrário, ou seja, "entrar e fixar-se, periódica ou definitivamente, num outro país ou região".

Obrigado, Felipe Gaio pela observação.


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